Onde está o Ecolápis? – Trabalhos 2020-2021

Escola Secundária Damião de Goes (Alenquer)

Escalão: Escalão 3 - Secundário, Profissional e Superior

Digitalização da Ilustração:

Detalhe da localização do Ecolápis na Ilustração:

Memória Descritiva:
A ilustração foi realizada no âmbito da disciplina de Desenho A, pela aluna Eva Guerreiro Mitra, da turma 11ºL, da Escola Secundária Damião de Goes. Serve de entrada para o concurso da Faber-Castell intitulado de “Onde está o Eco-lápis?”, que consiste na conceção de uma ilustração com elementos de uma floresta e o Eco-lápis escondido entre os elementos da obra. A professora propôs, como desafio, um mínimo de três figuras humanas representadas em posições dinâmicas e representação de fauna num ambiente natural.
Na execução da peça, foram utilizadas canetas de ponta fina, aguarelas, guaches e lápis de cor sobre uma folha branca de 180g/m2. A paisagem natural, os efeitos de luz e as árvores foram pintadas com uma aguada de aguarela, posteriormente trabalhada até ser obtido o resultado desejado. Sobre a aguarela, os lápis de cor serviram para trabalhar os detalhes e colorir os personagens principais, assim como para definir e colorir as plantas peculiares e os animais. Com o guache, foram feitos pequenos retoques quanto à luz e outros detalhes. As canetas de ponta fina serviram para delinear e caracterizar os personagens e os elementos da ilustração.
No que toca ao contexto em que a ilustração se encaixa: esta alberga um mundo pós-apocalíptico onde a humanidade vive num mundo completamente mudado pela radiação proveniente de uma guerra nuclear. A radioatividade alterou por completo a flor e a fauna do planeta, conferindo-lhes a capacidade de brilharem em tons néon quando a noite toma a ribalta, assim como formas peculiares. Além disso, uma nova raça humana tomou os holofotes: Os Obsoletos, humanos com partes do corpo substituídas por aparelhos tecnológicos obsoletos. A rapariga com a cabeça de televisão e os seus amigos, no centro da floresta, representam essa nova civilização humana. Este pequeno grupo de amigos vive naquela floresta em paz com as novas espécies de animais e plantas e, também, com os fantasmas silenciosos que perambulam por entre as árvores. No canto inferior esquerdo, é possível identificar um pedaço do que já foi um poste de iluminação de uma cidade há muito perdida. A Natureza apoderou-se completamente do mundo,uma vez mais.
Quanto à história da ilustração, podemos dizer que retrata um encontro deste grupo peculiar de amigos, numa noite sem estrelas, rodeados pela fauna radioativa que ilumina o breu da floresta. No centro da sua pequena rodinha, temos uma lanterna a servir de fogueira para dar luz à brincadeira dos adolescentes divertidos. Como era de esperar, os fantasmas silenciosos estão por todo o lado, assim como os cogumelos brilhantes, as plantas reluzentes, os animais com cores vibrantes e os pontos flutuantes e luminosos. Enquanto os jovens brincam, o Eco-lápis está no canto inferior esquerdo da página, confuso e curioso a observar a fauna e flora especiais daquele mundo mudado.
A paleta de cores selecionada resume-se a tons frios e azulados que conferissem à ilustração a certeza de que capturava um momento noturno. No entanto, foram usados amarelos e laranjas para representar a luz provinda da lanterna no centro do desenho. Para contrastar com os azuis e roxos noturnos da horário, os cogumelos, plantas e animais consistem em cores vibrantes e brilhantes, como laranjas, verdes claros, rosas e violetas. Os fantasmas consistem em aguadas transparentes de guache branco puro. O céu da noite, no último plano, é um azul muito próximo ao preto.
Com esta ilustração, é pretendido transmitir uma representação original e especial de um mundo fantástico, dominado por uma Natureza alterada pelas consequências das ações humanas. E, agora, os humanos que guardam a floresta não são os que conhecemos, nem nós mesmos, mas sim um grupo de adolescentes diferentes que aprendeu a apreciar a Natureza da maneira que ela merece: com paixão, adoração e carinho.