Infantário Nuno Simões

Município: Guimarães

Informação
Grau de ensino:

Jardim de Infância

Tipo de Escola:

IPSS

Localização
Distrito: Braga
Concelho: Guimarães

Morada:
Rua Dr. Roberto de Carvalho
4810-284 Guimarães

Telefone:
253422520

Localização GPS: 41.445577, -8.289415

Breve descrição

O Infantário Nuno Simões, é uma instituição particular de solidariedade social que serve a comunidade de Guimarães. Frequentam esta instituição mais de 200 crianças, desde os quatro meses até aos cinco anos de idade.
Esta instituição foi fundada em 1978 em resposta à iniciativa, vontade e patrocínio do Dr. Nuno Simões. Desde a sua entrada em funcionamento em Março de 1981, tem desenvolvido as suas atividades no sentido de proporcionar às crianças uma educação de qualidade e um convívio salutar.
No final de 2005, o Infantário Nuno Simões comemorou os seus 25 anos de existência com uma festa realizada no seu novo pavilhão polivalente, e onde o papel desta instituição na sociedade foi repetidas vezes reconhecido, por várias das individualidades presentes, como de grande valor.
O Meio Envolvente
O Infantário Nuno Simões está situado na cidade de Guimarães, cidade com grande valor histórico, cultural e patrimonial. O Concelho de Guimarães fica situado no distrito de Braga, na região do Vale do Ave, rodeado a norte e noroeste pelos concelhos da Póvoa do Lanhoso e Braga, respectivamente a poente por Vila Nova de Famalicão, a sudoeste por Santo Tirso, a sul e a sudoeste por Vizela e Felgueiras, e a nascente pelo concelho de Fafe. Tem 48 freguesias numa área de 24.300 hectares e uma população de cerca de 160.000 habitantes. Guimarães é um concelho urbano, uma vez que a maioria das suas freguesias são urbanas. Tem uma intensa atividade económica, especialmente nas seguintes atividades: fiação e tecelagem de algodão e linho, cutelaria, curtumes, quinquilharia e artesanato (ourivesaria, faianças e bordados). É uma cidade histórica, com um papel crucial na formação de Portugal, e que conta já com mais de um milénio desde a sua formação, altura em que era designada como Vimaranes Guimarães é uma das mais importantes cidades históricas do país, sendo o seu centro histórico considerado Património Cultural da Humanidade, tornando-a definitivamente um dos maiores centros turísticos da região. As suas ruas e monumentos respiram história e encantam quem a visita.
Breve Historial da Instituição
A construção do Infantário Nuno Simões foi iniciada em 1976 e concluída em 1978. A sua inauguração foi concretizada em Março de 1978. A designação do Infantário é uma homenagem ao Dr. Nuno Simões que aquando do seu falecimento doou dinheiro para fundar uma Instituição de carácter social em Guimarães. Quando o Dr. Nuno Simões faleceu, o Sr. Fernando Jordão, que era seu amigo, ficou responsável por criar a Instituição. Para tal, reuniu um grupo de pessoas – A Comissão Instaladora – que deveriam decidir sobre o tipo de Instituição que se pretendia fundar. Essa comissão presidida pelo Dr. Santos Simões decidiu então criar uma Instituição de apoio à infância com instalações modernas e construídas para esse efeito, dado a que na época em Guimarães não existia nenhuma instituição com essas particularidades. A Câmara Municipal de Guimarães colaborou com esta Comissão e cedeu o terreno para a construção do edifício. Assim, foi construído na Rua Dr. Roberto Carvalho um edifício moderno, de um único piso com as melhores condições de luminosidade e espaço, com o intuito de proporcionar o melhor ambiente para o desenvolvimento das crianças.

Histórico de participação e Galardão Eco-Escolas
  1. 1996-1997
  2. 1997-1998
  3. 1998-1999
  4. 1999-2000
  5. 2000-2001
  6. 2001-2002
  7. 2002-2003
  8. 2003-2004
  9. 2004-2005
  10. 2005-2006
  11. 2006-2007
  12. 2007-2008
  13. 2008-2009
  14. 2009-2010
  15. 2010-2011
  16. 2011-2012
  17. 2012-2013
  18. 2013-2014
  19. 2014-2015
  20. 2015-2016
  21. 2016-2017
  22. 2017-2018
  23. 2018-2019
  24. 2019-2020
  25. 2020-2021
  26. 2021-2022

    2021-2022

    inscrita

  27. 2022-2023

Galeria de Imagens

Sobre o Programa e atividades Eco-Escolas

A crise global que atualmente se vive torna cada vez mais premente a promoção de um desenvolvimento que responda às necessidades do presente sem colocar em risco a satisfação das necessidades das gerações vindouras.

Neste contexto, o ecossistema escolar não se pode limitar a ser um mero espaço de transmissão de saberes académicos, de forma fragmentada e descontextualizada, tornando-se imperioso que se preocupe com a formação dos jovens enquanto cidadãos de pleno direito, preparando-os para o exercício de uma cidadania ativa, responsável e esclarecida face às problemáticas da sociedade civil.

A educação ambiental é parte integrante da educação para a cidadania assumindo, pela sua característica eminentemente transversal, uma posição privilegiada na promoção de atitudes e valores, bem como no desenvolvimento de competências imprescindíveis para responder aos desafios da sociedade do século XXI.

Neste âmbito, alinhado com o referencial de Educação Ambiental para a Sustentabilidade para a Educação Pré-Escolar, Ensino Básico e Ensino Secundário, elaborado em colaboração com outros organismos e instituições públicas e com diversos parceiros da sociedade civil, a educação ambiental para a sustentabilidade, deverá estar presente nos projetos desenvolvidos pelas escolas, por forma a constituir uma vertente fundamental da educação, como processo de sensibilização, de promoção de valores e de mudança de atitudes e de comportamentos face ao ambiente.

Na Conferência das Nações Unidas sobre o Homem e o Meio Ambiente, realizada em Estocolmo, em 1972, começou a perceber-se que o rápido crescimento da economia e da população mundial ameaçava colidir com os recursos finitos e com os ecossistemas frágeis da Terra. Um desenvolvimento sustentável é, assim, o desafio central do nosso tempo. Dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), definidos em 2015 pelas Nações Unidas, cinco têm um foco específico nas questões ambientais, nomeadamente:
a) ODS 7. Garantir acesso a fontes de energia fiáveis, sustentáveis e modernas para todos;
b) ODS 12. Garantir padrões de consumo e de produção sustentáveis;
c) ODS 13. Adotar medidas urgentes para combater as alterações climáticas e os seus impactos;
d) ODS 14. Conservar e usar de forma sustentável os oceanos, mares e os recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável;
e) ODS 15. Proteger, restaurar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, combater a desertificação, travar e reverter a degradação dos solos e travar a perda de biodiversidade.

A procura por uma forte articulação entre estas estratégias tem também norteado a ação do Infantário Nuno Simões, nomeadamente através da estratégia da Direção na redução do consumo de combustíveis fósseis, na desmaterialização e digitalização dos processos e na implementação do plano pedagógico intitulado “Na linha da frente, pelo ambiente”.

Estas ações surgem como uma resposta clara a um dos principais objetivos da educação ambiental – o desenvolvimento do espírito crítico, bem como a consciencialização dos problemas ambientais, procurando transformar pessoas e comunidades passivas em agentes ativos, capazes de refletir e de apresentar soluções para os problemas.

Patente na estratégia da Direção, esta educação é tanto mais importante se considerarmos que as crianças podem durante mais tempo participar e influenciar o futuro, com práticas sustentáveis, num constante exercício de cidadania tanto no contexto familiar como no contexto social em que estão inseridas. Através da abordagem de questões ambientais, as crianças podem discutir opiniões, atitudes, vivências, sentimentos, realizar investigações e adquirir conhecimentos e competências que podem utilizar ao longo da sua vida, agindo local ou globalmente sobre o ambiente.

Pretende assim, que o projeto Ambiental do Infantário Nuno Simões, o projeto -SEMENTES-, reforce as orientações curriculares para a educação pré-escolar, na área de conhecimento do mundo, expressando a relevância da educação ambiental, nomeadamente, através da implementação de projetos pedagógicos inovadores e arrojados, do contacto com seres vivos e outros elementos da natureza e a sua observação, criando experiências muito estimulantes para as crianças, proporcionando oportunidades para refletir, compreender e conhecer, promovendo o desenvolvimento de uma consciencialização para a importância do papel de cada um na preservação do ambiente e dos recursos naturais.
Para além dos objetivos atrás descritos, o projeto SEMENTES, procurar também sublinhar a importância das florestas urbanas, reconhecendo o papel destas não só na captação de carbono, mas também na sua capacidade de diminuir o ruido em zonas de elevado tráfego rodoviário. Também neste sentido, o SEMENTES procura ir ao encontro dos propósitos da ENEA 2020 materializados no desenvolvimento de ações inovadoras desenvolvidas através de processos de cocriação coletiva, capazes de contribuir para o aumento da consciência ecológica da comunidade e de induzir melhorias efetivas a medio-longo prazo na qualidade do ar. Assim, este projeto intenta introduzir o conceito de “Urban Micro Lungs” e áreas de escape, observação, monitorização e sensibilização.

Os objetivos gerais definidos pelo projeto SEMENTES pretendem dar resposta à necessidade de promover a melhoria da qualidade do ar e do ruído nos centros urbanos, procurando aferir a influência da integração de vegetação em meio urbano.
Ao mesmo tempo, o projeto pretende contribuir para as alterações comportamentais da comunidade escolar do INS e dos cidadãos, que resultem na adoção de hábitos de mobilidade mais sustentáveis e, consequentemente, que contribuam para a melhoria da saúde e bem-estar
dos cidadãos.
Assim o projeto SEMENTES já implementou:
a) A adoção de um programa pedagógico ambiental para toda a comunidade escolar intitulado “Na linha da frente, pelo Ambiente” e o desenvolvimento de ações que contribuam para a melhoria da qualidade do ar e ruído, tendo por base a educação e sensibilização ambiental em contexto escolar através do programa pedagógico “Na linha da frente, pelo ambiente”;
b) Instalação de 4 hortas pedagógicas que permitem que ambas as salas de 1, 2, 3 e 4 anos possam acompanhar o crescimentos dos produtos hortícolas. Estas hortas compreendem um ciclo pedagógico completo, desde a recolha e armazenamento e mineralização das águas pluviais em depósito integrado, a rega gota a gota com recurso ao depósito e a um painel solar, a compostagem e a plantação.
b) A instalação de uma ecovia que promova e fomente a utilização de meios suave e descarbonizados para a deslocação;
c) A instalação de painéis solares que permite uma independência de combustíveis fósseis de 37%;
d) A desmaterialização de processos, resultando no não uso de papeis e outros materiais;
e) O apadrinhamento das árvores pelas crianças da envolvente do infantário;
f) A plantação de um pomar;
g) A criação de uma zona de circulação intitulada Kiss and Go que mitiga a emissão de gases poluentes;
h) O uso sustentável de produtos alimentares recorrendo sempre que possível a produtos endógenos e locais potenciando o Zero Waste e o close-loop recycling.

Como medidas a ser implementadas, a curto médio prazo, podemos referir:
a) A expansão do parque fotovoltaico;
b) A criação de zonas de escape com recurso a vegetação, aromas e sons;
c) A instalação de uma micro Floresta Miyawaki;
d) Promoção da utilização da bicicleta e outros modos suaves, bem como da utilização da ecovia do INS, através de ações de sensibilização;
e) Instalação de mais 4 hortas pedagógicas com vista a promoção de uma alimentação mais sustentável e a utilização de soluções de compostagem comunitária;
f) integração de vegetação em meio urbano, criação de zonas de experimentação, identificação e monitorização de poluentes atmosféricos e de ruído;
g) Instalação de soluções de monitorização e controlo inteligente do consumo de água;
h) Expansão da zona kiss and go e instalação de uma cobertura de acesso recorrendo a materiais naturais, com vista a mitigar a poluição atmosférica derivada dos veículos de combustão em funcionamento aquando da entrega e receção de crianças;
i) Desenvolvimento uma estratégia de comunicação e sensibilização que induza alterações comportamentais e aumente a transparência da informação;
j) Produção de conteúdos digitais e físicos sobre importância da qualidade do ar e do ruido ambiente na saúde e na qualidade de vida dos cidadãos;
k) Instalação de casas de pássaros para a observação e monitorização da fauna.

As ações previstas no projeto SEMENTES pretendem desenvolver um conjunto de ações e medidas, de cariz educacional, que procuram contribuir para uma cidadania ativa no domínio do desenvolvimento sustentável, promovendo uma comunidade escolar sustentável, sensibilizando-a e capacitando-a para o impacto da qualidade do ar, do ruido e da qualidade da água na saúde e na qualidade de vida, contribuindo para a promoção de boas praticas associadas a redução da poluição atmosférica e sonora potenciando a mudança de comportamento dos alunos, pais e familiares. É ainda dada resposta a áreas-chave e tipologias vertidas em medidas e ações concretas, nomeadamente:

MEDIDA 1 – EDUCAR, SENSIBILIZAR E CAPACITAR
Desenvolvimento de estratégias de comunicação e educação ambiental associadas à poluição atmosférica e sonora bem como o seu efeito na saúde e bem-estar da comunidade escolar
Para contrariar a tendência relativamente a qualidade do ar e ruido, torna-se fundamental promover a construção de uma sociedade mais critica e consciente, contribuindo assim, de forma crucial e decisiva, para o desenvolvimento sustentável do nosso território. Deste modo, pretende-se incluir o desenvolvimento de ações de educação ambiental transgeracionais, a criação de conteúdos informativos e ferramentas de sensibilização ambiental que garantam a disseminação do projeto, bem como ações especificas de educação e capacitação relacionadas com a educação Forest School, poluição atmosférica e sonora que visam potenciar uma alteração de comportamentos por parte da comunidade escolar, no sentido de adotarem hábitos de práticas sustentáveis.

Ação 1.1 – Educação e consciencialização ambiental
Os objetivos previstos nesta ação serão desenvolvidos pelo Infantário Nuno Simões e pelo Laboratório da Paisagem, com vasta experiência na promoção de ações de educação ambiental. Por forma a que o projeto possa atingir o maior número de pessoas, as diferentes ações de formações desenvolvidas terão públicos-alvo diversos da comunidade escolar: alunos, pais e familiares através de programa ambientais. Como suporte, serão desenvolvidos materiais didáticos que auxiliem no cumprimento dos objetivos propostos.
As diferentes ações de sensibilização e capacitação previstas pretendem potenciar a adoção de hábitos mais
sustentáveis por parte da comunidade, materializadas no desenvolvimento de ações que visam promover a implementação de uma educação Forest School, a aprendizagem precoce do uso da bicicleta e outros modos suaves, tendo por base a criação de uma pequena ecovia do infantário. Prevê-se que as diferentes ações de formação, sensibilização e capacitação ocorram recorrendo aos parceiros do INS, disponibilizando aos intervenientes, para além dos conteúdos abordados, uma perceção “in loco” dos dados da monitorização de consumo energéticos e de água e dos indicadores atmosféricos e de ruído na saúde e bem-estar da comunidade.

Ação 1.2 – e-Ambiente – laboratório vivo de educação e experimentação ambiental
O Laboratório Vivo para a Sustentabilidade @ e-Ambiente procura dar coerência e visibilidade a um conjunto diversificado de atividades e potenciar o envolvimento da comunidade escolar, no desafio da observação ambiental e do desenvolvimento sustentável, em todas as suas dimensões – a social, a ambiental e a económica. Pretende-se assim promover um conjunto inspirador de boas práticas e um ecossistema de inovação para a sustentabilidade no ecossistema escolar, acolhendo projetos de monitorização e experimentação em todas as vertentes da sustentabilidade.
Nesta ação pretende-se assim:
a) Disponibilizar zonas de observação da fauna, nomeadamente das aves, com a instalação de casas de pássaros com monitorização via vídeo e visualização remota;
b) Expansão das hortas urbanas modulares com sistemas de cultivo autónomo que permitem a plantação e cultivo, a compostagem de resíduos orgânicos, o depósito de água da chuva e a rega automática a energia solar (gota-a-gota);
c) Monitorização ambiental e do ruído com recurso a sensores que permitam realizar a medição dos poluentes dióxido de azoto (NO2) e partículas PM10 ou partículas PM2.5 (partículas de diâmetro igual ou inferior a 10 µm e 2.5 µm) e de ruído;
d) Monitorização do consumo energético e de água;
e) Desenvolvimento de uma plataforma agregadora dos dados monitorizados e disponibilização à comunidade escolar e da cidade com recurso a pictogramas de leitura e entendimento fácil com vista a educação e sensibilização;

MEDIDA 2 – PROMOVER UMA COMUNIDADE MAIS SUSTENTÁVEL, CONSCIENTE E INOVADORA
Importância da integração de materiais naturais e de vegetação em contexto escolar na melhoria da qualidade do ar e ruído
A poluição atmosférica e sonora e considerada um dos maiores problemas ambientais da atualidade pondo em causa a saúde e qualidade de vida da população. Na Europa, de acordo com a Agência Europeia do Ambiente (AEA), as principais preocupações com a saúde, associadas ao ambiente, estão relacionadas com a fraca qualidade do ar em recintos abertos e fechados, com as fracas condições sanitárias, bem como com as substâncias químicas perigosas no ar. Os efeitos negativos associados as saúdes incluem doenças respiratórias, cardiovasculares, cancro, asma, alergias, e perturbações ao nível do sistema reprodutivo e do desenvolvimento neurológico. As partículas finas em suspensão, os óxidos de azoto (NOx) e o ozono troposférico são as principais ameaças para a saúde humana decorrentes da poluição atmosférica. Segundo a Agência Europeia do Ambiente, a exposição a partículas finas em suspensão (PM2.5) causou cerca de 417 000 mortes prematuras em 41 países europeus em 2018. Cerca de 379 000 dessas mortes ocorreram na UE-28, tendo 54 000 e 19 000 mortes prematuras sido atribuídas ao dióxido de azoto (NO2) e ao ozono troposférico (O3), respetivamente.
No que diz respeito a poluição sonora, anualmente, ocorrem cerca de cerca de 12 000 mortes prematuras devido a exposição ao ruido ambiental. Estima-se que cerca de 48 000 casos anuais de doenças cardíacas estejam ligados a exposição ao ruido excessivo, bem como impactos associados a privação de sono.
Perante este cenário, a Medida 2 tem por base o desenvolvimento de ações que contribuam para melhorar a qualidade do ar e do ruido ambiental, utilizando vegetação como ferramenta para alcançar o objetivo pretendido. Nesse sentido, serão implementadas: barreiras acústicas naturais, conceitos de “Urban Micro Lung”, expansão da zona kiss and go, instalação de uma cobertura de acesso recorrendo a materiais naturais, zonas de escape e experimentação com plantas aromáticas e sons da flora e fauna, por forma de sensibilizar a comunidade para a importância da vegetação e da biodiversidade em meio urbano e, simultaneamente, contribuir para a melhoria da qualidade do ar e ruido. Todas estas ações pretendem assegurar os ODSs relativos a melhoria da qualidade do ar e a diminuição do ruido ambiental nas cidades, em particular, os ODSs 3 e 11, servindo igualmente como uma referência de uma abordagem multidisciplinar, com uma profunda mobilização da comunidade escolar, para a ação climática e promoção da biodiversidade urbana.

Ação 2.1 – Escola Floresta Escola
O conceito Forest School a implementar, será inspirado no modelo de educação ao ar livre desenvolvido em países escandinavos e tem uma abordagem pedagógica que visa o desenvolvimento integral da criança, proporcionando um espaço de experimentação prática para as crianças aprofundarem capacidades e aptidões, como: a confiança, a criatividade, a gestão do risco e a autonomia.
“Ninguém vai proteger algo pelo qual não nutra carinho e ninguém sente carinho por algo que nunca experienciou.”. A metodologia Forest School a implementar na comunidade escolar, baseia-se em sessões de aprendizagem na natureza focadas na individualidade da criança e na importância do brincar, baseadas na observação e colaboração entre adultos e crianças, tudo num ambiente natural ou de floresta, que promove a exploração e a descoberta. Potenciando a interligação da comunidade do Infantário Nuno Simões com a Natureza, pretende-se proporcionar experiências de descoberta e de aprendizagem que estimulem o sentido de pertença a uma comunidade e que as tornem mais confiantes, com mais autoestima, mais atentos aos outros e ao seu impacto sobre o mundo.
As micro florestas densas e multifuncionais, apresentam um crescimento rápido, alta taxa de absorção de dióxido de carbono (CO2) e uma grande diversidade de espécies, sendo por isso consideradas verdadeiros santuários de biodiversidade. Estas florestas além de tornarem os espaços mais visualmente agradáveis, frescos e ambientalmente mais sustentáveis, funcionam também como barreiras sonoras e como uma importante ferramenta na melhoria da qualidade do ar, reduzindo uma ampla gama de partículas poluentes e estabilizando a temperatura media da área onde se encontram. Além disso, são consideradas laboratórios vivos, onde podem ser integradas diversas atividades de observação e de educação ambiental.
Tendo por base as caraterísticas das infraestruturas do infantário nuno simões, o programa pedagógico e os benefícios associados a integração destas zonas verdes urbanas, pretende-se criar uma área que integre uma micro floresta do tipo miyawaki, uma zona de escape onde as crianças possam usufruir de sons e cheiros da natureza e a expansão da zona de kiss and go com a instalação de uma cobertura de acesso recorrendo a materiais naturais.
Neste sentido, pretende-se atuar num local com caraterísticas que obedecem aos pressupostos definidos: locais inseridos em zonas urbanas com elevado tráfego de veículos resultantes de deslocações pendulares (entrega e recolha de mais de 200 crianças), elevada circulação de pessoas e proximidade a ciclovia da cidade. Esta ação será realizada em através do envolvimento da comunidade escolar garantindo um maior envolvimento e apropriação dos cidadãos, bem como uma maior transferibilidade da ação.

Ação 2.2 – Consciencialização circular
Em linha com a estratégia executiva do INS, o projeto SEMENTES pretende também caracterizar e monitorizar o efeito das ações anteriormente descritas no que diz respeito a qualidade do ar e ruido dos locais sujeitos a intervenção. O desenrolar desta ação conta com a estreita colaboração do Laboratório da Paisagem de Guimarães.
No que diz respeito à estrutura Urban Micro Lungs e zonas de escape, preveem-se as seguintes ações de monitorização:
a) Registo fotográfico da estrutura ao longo do tempo para, de uma forma objetiva, comparar a evolução do aspeto;
b) Instalação de uma estação multi parâmetro com sensores de medição continua da qualidade do ar e um monitor de CO2;
c) Identificação das fontes predominantes de poluição do ar (tráfego) cruzando com o registo do fluxo de tráfego do local em questão;
d) Medições de ruido recorrendo a um sonómetro,
Para além dos resultados obtidos no decorrer desta ação se poderem constituir como dados relevantes para a estratégia da direção do Infantário, relativa a qualidade do ar e ruido, estes funcionarão também como uma ferramenta educacional no sentido de promover a sensibilização e consciencialização ambiental da comunidade escolar relativamente aos indicadores de sustentabilidade considerados.

MEDIDA 3 – CRIAÇÃO DE CONTEÚDOS DE INFORMAÇÃO E SENSIBILIZAÇÃO
Desenvolvimento de uma estratégia de comunicação e sensibilização que indutora de alterações comportamentais
Por forma a que o projeto alcance um elevado número de pessoas e, consequentemente, possa ter um impacto positivo na melhoria da qualidade do ar e ruido da zona de implantação do Infantário Nuno Simões, é fundamental estabelecer uma forte estratégia de comunicação e divulgação do projeto. Nesse sentido, as ações previstas na medida 1 constituem-se também como uma importante ferramenta de divulgação e sensibilização sobre os efeitos da poluição atmosférica e acústica na saúde e bem-estar das pessoas. Nesta medida, prevê-se a criação de conteúdos informativos que serão colocados em locais estratégicos do edifício escolar como forma de sensibilizar para a importância da qualidade do ar e do ruido no bem-estar da população. A estratégia de comunicação prevê, igualmente, o desenvolvimento de conteúdos promocionais que funcionem como instrumentos importantes de sensibilização e disseminação do projeto.

POTENCIAIS IMPACTOS DE CURTO E MÉDIO PRAZO DO PROJETO
As atividades propostas serão cruciais para o cumprimento dos objetivos ambientais do INS.
Nesse sentido, consideram-se os potenciais impactos de curto e medio prazo do projeto:

MEDIDA 1
a) Impacto: Educação, capacitação e sensibilização da comunidade escolar;
b) Meta: Demonstração do conhecimento da comunidade em relação aos temas de qualidade do ar e ruído;
c) Indicadores: Nº de participantes nas ações; conteúdos de informação e divulgação criados; Registos fotográficos; Indicadores de poluição e ruido no painel digital.

MEDIDA 2
a) Impacto: Integração de vegetação em meio urbano;
b) Meta: Ação técnica de implementação de barreiras acústicas naturais, conceitos de “Urban Micro Lung”, zona kiss and go, instalação de uma cobertura de acesso recorrendo a materiais naturais, zonas de escape e experimentação com plantas aromáticas e sons da flora e fauna;
c) Indicadores: Medição de níveis de qualidade do ar e ruído; Nº de pessoas envolvidas na criação das ações.
d) Impacto: Qualidade do ar e ruído, poluentes atmosféricos;
e) Meta: Monitorização da qualidade do ar e ruído na região do infantário; Estabelecimento de relações entre o impacto da vegetação na melhoria da qualidade do ar e perceção do ruido;
f) Indicadores: Valores das medições; comparativo visual através de registos fotográficos.

MEDIDA 3
a) Impacto: Promoção e transferibilidade;
b) Meta: Divulgação das ações e dos conteúdos produzidos; Criação de um portal pictográfico para a disponibilização dos dados; Criação de uma zona na página web do infantário referente ao projeto.
c) Indicadores: Nº de publicações, visualizações e partilhas nas redes sociais e site do Infantário.

SUSTENTABILIDADE: DEMONSTRAÇÃO DA CONTINUIDADE DO PROJETO
Tendo em conta que a estratégia e as ações previstas no projeto SEMENTES, onde se inclui de forma efetiva a vertente associada a educação, sensibilização e capacitação da comunidade escolar, fica garantida a continuidade do projeto uma vez que, para além de estar prevista monitorização do impacto das ações previstas a médio/longo prazo, pretende-se que as ideias e soluções apresentadas possam ser replicadas, apos o prazo de execução do projeto, em outras escolas e IPSSs. Pretende-se também monitorizar o efeito, a medio-longo prazo, da integração dos conceitos acima referidos em meio urbano, por forma percecionar o seu efeito na potencial melhoria da qualidade do ar e ruido dos locais intervencionados.

COMUNICAÇÃO E DISSEMINAÇÃO DO PROJETO
A comunicação e divulgação do projeto será assegurada pela plataforma de comunicação do INS, sítio oficial e redes sociais. Em simultâneo, serão produzidos conteúdos digitais e físicos de informação e sensibilização no sentido de garantir a disseminação e, consequentemente, o impacto do projeto.
Outras ações de divulgação poderão ser garantidas por outras entidades envolvidas no projeto, para além dos meios de comunicação locais, regionais e nacionais, onde ficara patente a importância do financiamento deste tipo de projetos tendo por base a educação e sensibilização ambiental.