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Seminário 2018 | Apresentações

Geodiversidade, Solos e Floresta

By | Seminário 2018 | Apresentações

Por Galopim de Carvalho

Fala-se hoje muito de biodiversidade e ainda bem que assim é. Os biólogos têm sabido dar o devido relevo a este importantíssimo tema. O mesmo não tem acontecido com a geodiversidade, palavra ainda ausente no discurso oficial, apesar de, não é demais lembrar, a geodiversidade constituir o suporte de toda a biodiversidade.

Numa primeira aproximação, geodiversidade pode ser entendida como o conjunto de todas as ocorrências de natureza geológica, com destaque para rochas, minerais e fósseis (testemunhos de uma biodiversidade passada), dobras e falhas, grutas naturais e galerias de minas, relevos e depressões terrestres e submarinas, vulcões, etc.

Em condições favoráveis, os agentes físicos, químicos e biológicos, existentes à superfície do planeta, alteram a capa externa das rochas, condição necessária ao nascimento do solo, definido como um corpo natural, complexo e dinâmico, constituído por elementos minerais e orgânicos, caracterizado por uma vida vegetal e animal própria, sujeito à circulação do ar e da água e que funciona como receptor e redistribuidor de energia solar.

Entidade presente na imensa maioria das terras emersas, na interface da litosfera com a atmosfera e a biosfera, o solo estabelece, assim, a fronteira entre a geodiversidade e a biodiversidade. Sem solos não haveria prados, charnecas, tundras ou florestas, nem hortas, searas, montados ou olivais, nem toda a biodiversidade animal que nos rodeia.

Parte da atmosfera que nos assegura a vida é o resultado de uma interacção constante e contínua entre todas as plantas que nos rodeiam. É por isso que dizemos que os parques arborizados, no interior das cidades, são os seus pulmões. E é por isso que lutamos pela defesa das estepes e pradarias, das turfeiras boreais e de todas as florestas, de todas as latitudes e altitudes, das quentes e húmidas, como a amazónica, à taiga canadiana e siberiana, pois são elas que fabricam a parte mais importante do ar que respiramos.

Transformar a minha Escola numa Eco-Escola

By | Seminário 2018 | Apresentações

Por Paulo Cardoso

Uma Eco-Escola deve apostar na inovação e sensibilização, dentro de sala de aula e fora de sala de aula envolvendo toda a comunidade escolar e local. Este Programa deve envolver toda a comunidade nas suas atividades, fomentar parcerias para facilitar a comunicação e execução de ações e conseguir sensibilizar da melhor forma. Uma Eco-Escola que se inscreve pelo primeiro ano deve transmitir à comunidade do que se trata o Programa, compreender os problemas em que deve intervir e elaborar um forte Plano de Ação promovendo a participação de todos. Tudo isto através de cartazes, ações de sensibilização como palestras e debates, intervenções em sala de aula e trabalho no terreno.

 

Instinto Natural

By | Seminário 2018 | Apresentações

Por Rafael Pepê

Este projeto fala-nos sobre as migrações dos grous- comuns (Grous-Grous), outros animais e aves migratórias e de como se orientam na sua viagem até Campo Maior. As migrações são fundamentais para a sobrevivência de muitas espécies que seguem o seu instinto natural. Devido a capacidades únicas e singulares de navegação as aves migratórias em particular conseguem efectuar deslocações incríveis na procura de melhores condições de vida. Hoje, em pleno sec. XXI, o Homem continua a migrar, ele próprio na procura de melhores condições de vida. As aves como o Grou-comum, fazem movimentos pendulares magníficos, superando a cordilheira Alpina em grupos bem coordenados em com esforço de equipa! É um espectáculo único.     

Os grous são aves migratórias que vêm dos países do norte da Europa (Escandinávia, Norte da Alemanha e Finlândia) para Campo Maior passando por vários locais como Galhocanta (Espanha) onde descansam e se separam em grupos mais pequenos. Os grupos mais audazes deslocam-se para oeste, sendo um dos pontos mais a oeste da sua rota, Campo Maior. Procuram o inverno moderado e as nossas bolotas ricas em amido para se alimentarem.

Grupo Lobo

By | Seminário 2018 | Apresentações

Por Isabel Ambrósio

O Grupo Lobo – Associação para a Conservação do Lobo e do seu Ecossistema é uma organização não-governamental de ambiente, independente e sem fins lucrativos, com estatuto de Utilidade Pública, fundado em 1985. O seu principal objetivo é trabalhar em prol da conservação do lobo e do seu ecossistema em Portugal e fomentar o interesse por este carnívoro e pelas ciências que lhe respeitam através da informação da opinião pública. É também propósito desta Associação desenvolver esforços para estabelecer as condições legais, ecológicas e socioeconómicas indispensáveis a uma conservação efetiva da população lupina nacional. Encontra-se inscrito desde 1993 no Registo Nacional das Organizações Não Governamentais (ONGA) e Equiparadas (Registo n.º 55/N), estabelecido ao abrigo da Lei n.º 35/98, de 18 de Julho.

No âmbito do Programa Signatus, o Grupo Lobo iniciou uma estratégia cujas áreas de atuação visam a informação da opinião pública, o apoio a estudos científicos e a promoção de medidas práticas de conservação que contribuam para a conservação deste predador e do Património Natural Português em geral, como é exemplo o Programa Cão de Gado.

O Grupo Lobo colaborou na elaboração da Lei n.º 90/88 de 13 de agosto, a qual confere total proteção ao lobo-ibérico no nosso país, e na revisão do Decreto-Lei que regulamenta a sua aplicação. Participou ainda nos processos de elaboração e revisão do Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal que atribui ao lobo-ibérico o estatuto de EM PERIGO, e na elaboração da proposta do Plano de Ação para a Conservação do Lobo-ibérico (PACLobo), promovido pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).

Ao longo da sua existência, o trabalho desenvolvido pelo Grupo Lobo tem sido reconhecido através da atribuição de vários prémios e menções honrosas, quer a nível nacional, quer internacional.

Projeto Invasoras

By | Seminário 2018 | Apresentações

Por Jael Palhas

As plantas invasoras são plantas que vieram de outros locais do mundo, adaptaram-se muito bem no nosso território, e hoje em dia reproduzem-se e dispersam pelos seus próprios meios para longe dos locais onde foram introduzidas pelo Homem, causando impactes ambientais e económicos negativos. Todos os cidadãos

A plataforma Invasoras.pt convida todos os cidadãos (Eco-escolas, mas também associações, famílias, cidadãos individuais, etc.) a aceitarem pelo menos um dos quatro desafios sobre plantas invasoras que lançamos:

  • Desafio 1 – Mapeamento;
  • Desafio 2 – Fenologia;
  • Desafio 3 – Detecção precoce;
  • Desafio 4 – Comunicação. Os desafios incluem diferentes formas para cada cidadão se tornar cidadão-cientista e dar um contributo para o estudo e divulgação das plantas invasoras. 

Workshop: A Floresta Portuguesa – Diversidade e Ameaças no Presente e no Futuro

By | Seminário 2018 | Apresentações

Por Albano Figueiredo

Este workshop, além de explorar a diversidade de florestas do território português, aborda a questão dos serviços de ecossistemas associados à floresta, procurando ainda identificar as principais ameaças que se podem identificar atualmente e no futuro. Após uma breve introdução, que pretende esclarecer alguns conceitos relacionados com a floresta, serão apresentados os principais tipos de floresta do território português (continente e ilhas), procurando-se explorar a grande diversidade existente. De seguida, serão identificadas as principais ameaças à floresta, e avaliado o contributo de cada uma para explicar o estado atual da floresta portuguesa. Como o planeamento da floresta do futuro implica decisões no presente, serão ainda explorados os impactes potenciais de algumas ameaças no futuro, como é o caso das mudanças climáticas previstas.

Workshop: Conservação e Biodiversidade

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Por Tiago Carrilho | Jardim Zoológico

Proclamada a Década da Biodiversidade pela Assembleia Geral das Nações Unidas até 2020, apresenta-se, assim, como uma importante oportunidade de educação ambiental, destinada ao desenvolvimento de uma população mundial consciente e informada sobre as actuais dificuldades e potencialidades no que se refere à conservação da Natureza e da Biodiversidade.

Neste workshop será abordada a importância que um Jardim Zoológico pode ter na conservação da biodiversidade e serão demonstrados alguns materiais  zoológicos sempre numa perspectiva de descoberta dinâmica e participativa de modo a potenciar a aprendizagem. 

Apresentação Estratégia Nacional de Educação Ambiental

By | Seminário 2018 | Apresentações

Por Francisco Teixeira

Há poucos conceitos que tenham conseguido tão ampla aceitação e rápida difusão como o de Educação Ambiental!

Surgido nos anos 60 do século passado, o conceito, que junta Educação com Ambiente, ganhou estatuto de compromisso planetário por iniciativa das Nações Unidas, a partir de 1972.

A Educação Ambiental assume-se, desde os seus primeiros passos, como aprendizagem multidisciplinar ao longo da vida e processo integrado em todas as formas de educação, incluindo os contextos laboral, económico e de consumo. A Educação Ambiental articula-se com a democracia, os direitos humanos e a equidade e assume-se como processo inclusivo e participativo!

O nosso país dispõe desde junho de 2017 de uma Estratégia Nacional de Educação Ambiental (ENEA) que vai tornar possível conjugar experiências, agregar prioridades e partilhar recursos.

A Estratégia assume três eixos temáticos, Descarbonizar a sociedade; Tornar a economia circular e Valorizar o território, resultou de um processo ímpar de debate e participação pública e corresponde aos compromissos assumidos por Portugal no domínio da sustentabilidade, como o Acordo de Paris e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030.

Para a sua implementação, a ENEA prevê 16 medidas enquadradas por três objetivos estratégicos: Educação Ambiental + Transversal; Educação Ambiental + Aberta e Educação Ambiental + Participada. Estão disponíveis, até 2020, mais de 18 milhões de euros para financiar iniciativas e projetos de educação ambiental!

Sofia Quaresma

By | Seminário 2018 | Apresentações, Seminário 2018 | Biografias

Sofia Quaresma é bióloga Pela Universidade de Coimbra – Ramo Científico e Ramo Educacional e Mestre em Biologia da Conservação pela Universidade de Lisboa. Membro da Delegação Norte da Ordem dos Biólogos, da Associação Portuguesa de Lixo Marinho, OIKOS e Associação para as Ciências do Mar. Este é o seu quarto livro dedicado à promoção da literacia ambiental.

APRESENTAÇÃO: Tomé, o Gaio Semeador
Atualmente, com poucos carvalhos, muitos fogos e no contexto global de alteração climática, os gaios assumem um papel importantíssimo na dispersão de bolota. Trata-se de uma parcela do capital natural desconhecida de muitos que procuro retratar no livro Tomé, o Gaio Semeador

Workshop | Monitorizar a Saúde da Floresta

By | Seminário 2018 | Apresentações

Por Jorge Manuel Fernandes

Uma floresta é um sistema complexo com muitos elementos interdependentes, incluindo as plantas, e espécies animais, solo, água, atmosfera e os ciclos biogeoquímicos. Quando funciona de forma saudável o sistema tem uma diversidade de espécies, possibilita a recarga, filtra a água e impede a erosão. Fornece serviços de ecossistema vitais como sejam a qualidade do ar ou o sequestro do carbono. Dependemos de florestas saudáveis para esses serviços do ecossistema para além de aspetos económicos como sejam a madeira ou outros produtos.

Pretende-se neste Workshop propor um conjunto de atividades práticas que possibilitem os educadores/professores aplicarem em trabalho de campo com os seus alunos num ecossistema florestal. Com base em indicadores específicos da saúde de uma determinada área de floresta os participantes efetuam um checkup à floresta, trabalhando autonomamente, analisando e avaliando cada indicador e posteriormente avaliando o estado de saúde geral resultante dos indicadores/tabelas fornecidas.

Devido a estas atividades terem uma duração de uma hora teórica e uma duração variável no campo, será proposto apenas a apresentação teórica dos sete indicadores e a realização de um ou dois indicadores em trabalho de campo efetuando-se uma simulação final que avalia o estado geral de saúde de uma determinada área da floresta. A atividade prática será realizada no jardim do local do seminário sabendo-se que à partida se trata mais de um local que se insere mais no domínio da arquitectura paisagística do que no domínio da atividade florestal.