A Biodiversidade da Minha Escola | Trabalhos – Desafio Alunos

Escola Escultor Francisco dos Santos (Sintra)

Escalão: Escalão 2 - Escolas do 2º e 3º Ciclo

Ano de Escolaridade:
9.º ano

N.º de Participantes:
29

Fotografias das espécies encontradas:

Digitalização das ilustrações das espécies encontradas:

Ficha das espécies fotografadas/ilustradas:

Registo Fotográfico do desenvolvimento do trabalho:

Memória descritiva:
O objetivo do trabalho foi chamar à atenção da comunidade para o conhecimento e preservação da biodiversidade do espaço escolar, numa parceria entre a professora Ana Paula Costa de Expressão Plástica e Educação Visual e a professora Maria Magalhães de Ciências Naturais. A intenção foi realizar uma proposta aliciante que envolvesse os alunos, que fosse visível na escola, que servisse como ponto de partida nas abordagens em aulas, algo que não terminasse no/s ano/s de realização e a inspiração surgiu de uma formação realizada sobre o Livro do artista e a técnicas de cianotopia. O projeto decorreu muito bem, sendo consolidados conteúdos de Ciências Naturais e de Expressão Plástica e Educação Visual, nomeadamente de composição visual, técnicas, composição, comunicação visual e arte contemporânea. O estudo partiu de um PowerPoint realizado pela coordenadora da Eco-Escola, uma saída de campo aos espaços exteriores da escola e no estudo da obra de Bruno Munari. Estabeleceu-se um ambiente de trabalho interdisciplinar que se estendeu para espaços extracurriculares, que proporcionaram aos alunos diferentes atividades de enriquecimento e oportunidades criativas no âmbito artístico, cultural e ambiental. Além de serem espaços onde os alunos poderam aprender coisas diferentes de uma forma divertida e agradável, uma forma de convívio entre alunos de turmas diferentes o que contribuiu para a sua melhor integração na comunidade escolar pela maior proximidade que se estabeleceu entre alunos e professoras. A proposta foi feita com base na metodologia de projeto (pesquisa, escolha do tema, planeamento, materiais e técnicas, desenvolvimento da proposta, estruturação do campo visual e proposta final). Assim sendo, foram realizadas investigações na internet e em livros de forma a ser escolhido o tema com os alunos, iniciando-se a planificação de como desenvolveríamos as atividades, foi realizado um guião para se proceder ao estudo e enquadramento “espaciotemporal” da escola, o exterior, os elementos da natureza que o compõem e a observação das transformações cíclicas que nele se verificam ao longo do tempo que aqui permaneceram. Após a visita de estudo ao exterior da escola, na qual os alunos desenharam registos rápidos (esboços) das folhas das diferentes espécies de árvores da Escola e que foram objeto de estudo, associando-as à saúde e ciclo de vida, iniciou-se a fase de estudo realizado também em Ciências Naturais, dando-se atenção aos pormenores, percecionando silhuetas, contornos externos e internos, estrutura, textura, cor e face à exposição da luz, o relevo e os contrastes de claro-escuro dos mesmos. Na planificação inicial pensou-se em criar o “Livro dos Artistas” - um herbário realizado a partir dos desenhos desenvolvidos nesta fase, mas surgiu a oportunidade de criar um espaço na escola fora do horário das turmas, para lecionar a técnica de cianotipia sobre os elementos em estudo com pequenos grupos de alunos. Este processo criativo consiste na impressão fotográfica (fotogramas) em tons de azul ciano, no qual se colocam negativos de fotografia, folhas de acetato, elementos naturais ou objetos diretamente sobre papel sensibilizado, proporcionando sempre novas e gratificantes descobertas. Este processo evidência a silhueta de cada folha, permitindo facilitar a diferenciação pela redução de informação. A forma apresenta-se vazia ao contrário do trabalho habitual e o fundo geralmente mais esquecido noutros modos de representação, apresenta uma grande riqueza de tonalidades, texturas, lembrando mesmo algumas aguarelas, que os alunos muito apreciaram. Em cada sessão, realizada neste contexto, foram feitas breves apresentações teóricas realizadas no início e decurso das mesmas, que foram fundamentais para a consecução destas aprendizagens. Na organização dos elementos no espaço - estruturação do campo visual, como ponto de partida pensou-se na disposição dos diversos elementos, imaginaram-se situações, partindo de pesquisas de mostra de exemplos aos alunos, mas sobretudo das suas descobertas, realizando-se estudos em folha de máquina. Na fase de montagem dos diversos elementos selecionados, concretização final do livro, escolheu-se o formato em harmónio, por se adequar ao estudo e material disponível - cartão dos blocos de folhas de desenho. Esta fase decorreu muito bem, no final deste ano, após as diversas aprendizagens estando presente, também, a experimentação numa dinâmica constante de tentativas, alterações, adaptações, na procura de novas ideias, texturas, formas e disposições. Este processo foi essencialmente intuitivo fruto da imaginação, que provêm de ideias, cortes, recortes, cola e descola, rasga, e volta a colar, raspar, faz e desfaz, associando todos os pedaços de experimentação sobre o cartão, num jogo de procura de configurações, ritmos em equilíbrio e desequilíbrio, desenvolvendo técnicas de impressão, campo visual, peso visual, enquadramento proporção comunicação visual, arranjo gráfico e Arte Contemporânea.